Tati Nolla abre oficina diferente
Nesse semestre aconteceu em São José dos Campos uma oficina de fotografia muito peculiar, muitos dos alunos participantes são deficientes visuais. Essa é a proposta de um projeto inédito no Brasil: 24 Horas de Olhar Universal, resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), que sediou a oficina.
A ideia inovadora e a primeira oficina nesses moldes foi promovida pela Monica Picavea, sócia fundadora da Oficina da Sustentabilidade. O objetivo principal do curso, além de proporcionar às pessoas, deficientes ou não, uma percepção do mundo diferenciada, aguçando outros sentidos, o projeto proporciona vivências de fotografia que promovam a interação dos participantes com situações que despertem a sensibilidade e o interesse pelo cotidiano, por situações, objetos e ambientes que passam despercebidos na realidade de cada um.
A fotografia nesse caso, pode ser uma ferramenta para melhorar a autoestima dos participantes , empoderando-os a fazer algo que geralmente eles não fazem. A oficina foi ministrada pela fotógrafa Tati Nolla que explica sobre as aulas, onde são aplicadas as técnicas básicas de fotografia, utilizando câmeras digitais normais, para a audiodescrição (narrativa que colabora com o deficiente na criação, formação e imaginação da cena, ajudando-o a entender e montar o ambiente a ser fotografado), através da distância e do uso dos sentidos como: audição, olfato e o tato. A oficina encerrou-se com 15 formados expondo suas fotos na Fundação Cultural Cassiano Ricardo.